CENTRO DE BELEZA

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

´´Quando uma mulher perde o amante,
quando uma garota perde o emprego,quando o
médico dá a notícia fatal,quando a sorte se manda
, o jantar fracassa, as dores do parto começam, o
escândalo vem a furo,a tempestade se desencadeia
, a outra mulher passa, triunfante(...)um traço
repentino de batom nos lábios quer dizer
coragem´´
Harper´s Bazaar 1946



Postado por: Aline


 O BATOM
Sábado à noite, me vestia para um recital de música clássica onde meu tio se apresentaria... vestida em um preto tomara que caia, scarpin pretos impecáveis senti , porém que faltava algo, decerto maquiagem pois a ocasião exigia , me maquiei e então saquei da bolsa uma arma fatal:o batom, passei pela boca e fiquei alguns minutos a admirar aquele artigo tão fascinante , que consegue tornar nós mulheres tão femininas.

O que será que há no batom que faz com que mesmo uma mulher apática diante de outras formas de maquiagem fique tão apaixonada por ele? Pois bem, acho que por um motivo: o batom é fácil - com um mínimo de esforço, conseguimos um máximo de impacto. Fica ótimo num rosto lavado, e não há dúvida quanto ao local que se deve aplicá-lo.

O Batom e o seu poder transformador
Entretanto, a atração pelo batom é mais profunda do que a facilidade e a satisfação da aplicação do próprio. O batom é um cosmético que contém uma energia psicológica poderosa - passá-lo nos lábios pode transformar seu humor.

Tanto que em sua autobiografia, ´´My life for beauty´´, Helena Rubinstein se refere a um caso extremo. Ela conta a história de uma mulher que foi retirada de um prédio totalmente bombardeado em Londres. Durante as buscas ela estava gravemente ferida, mas, antes de consentir em tomar qualquer remédio, pediu que lhe dessem o seu batom, explicando: ´´Ele faz algo por mim´´

No decorrer de 2 mil anos, a finalidade primordial do batom tem sido a de realçar a aparência da usuária. Em nossa sociedade, o batom só é usado pelas mulheres (embora não tivesse sido sempre assim; como o salto alto, o batom vez por outra foi um acessório unissex) e por isso propicia certas associações sexuais. Embora os bebês e as crianças dos dois sexos tenha em geral, lábios bastante cheios e intensamente pigmentados,as mudanças hormonais fazem com que essa semelhança acabe na puberdade, quando os lábios dos meninos afinam e os das meninas se encurvam e se intumescem. Os sexos se atraem mutuamente ao enfatizar o que os torna diferentes,motivo pelo qual os homens cultivam os músculos e as mulheres usam blusas decotadas. Ao escurecer os lábios, a mulher faz com que eles pareçam até mais sensuais do que já são, muitas vezes, um pouco perturbadores, porque confundem nossas idéias sobre sexualidade.

o lábio cheio,rosado,é também sinal de juventude e capacidade de gerar filhos. À medida que as mulheres envelhecem, os lábios tendem a afinar e a perder um pouco da cor. O batom pode ser interpretado como uma tentativa de se parecer fresca e sempre madura.

´´O batom muitas vezes confundem nossas
idéias sobre sexualidade´´
Mais explicitamente, Diane Ackermann, autora de ´´A natural history of senses´´,conta-nos que´´(...)os lábios da boca nos fazem lembrar dos lábios genitais vermelhos,quando incham e se excitam, esse é o motivo,consciente ou subconsciente,para as mulheres sempre quererem que eles parecessem até mais vermelhos com o batom´

Sugestões sexuais á parte,o uso do batom vermelho traz uma certa responsabilidade. È uma cor que exige vigilância e manutenção constantes –nada pior do que batom vermelho desbotado ou borrado.Não se pode ser descuidada com uma boca escarlate.Se você vai pintar os lábios de vermelho,eles vão ser o centro das atenções,então é melhor você ter algo a dizer.As duas mais famosas representantes da boca carmesim foram Coco Chanel e Diana Vreeland, e nenhuma das duas ficava sem palavras. Talvez só fato de você saber que está usando vermelho lhe propicie ousadia.´´Me dá confiança.É tão agressivo,você tem de acompanhar´´, relatou uma mulher de lábios vermelhos sobre o batom de sua preferência, para a Vogue de Agosto de 1994.

Na outra ponta da escala dos batons , temos o rosa como uma versão menos intensa do vermelho – a feminilidade menos a excitação,a cor tradicionalmente designada para mulheres infantis.Segundo a revista Harper´s Bazaar,s homens gostam que suas namoradas usem vermelho, mas preferem que suas esposas usem rosa.

No século XIX, quando qualquer tipo de maquiagem era tabu, as mulheres que usassem batom eram consideradas sexualmente disponíveis. A maquiagem, mesmo quando se torna em geral aceita, contém muitas nuanças simbólicas sutis. Uma mulher com a boca carmesim era uma sereia; a que escolhia um batom mais claro, de um rosa mais discreto, era uma boa moça.

Ao contrário do que acontecia antigamente, hoje em dia não há ninguém que considere o batom um símbolo de imoralidade; diante de starlets como Britney Spears, por exemplo, fazendo um strip-tease, numa simulação de nudez, na televisão nacional, acabamos ficando relativamente blasés em relação á maquiagem. Ninguém piscou um olho sequer quando M.A.C chamou Ru Paul e K.D lang (uma drag queen e uma lésbica respectivamente)para posar para anúncios do batom Viva Glam,cujos rendimentos foram para o M.A.C Aids Fund.Mas quase sempre, desde que as mulheres começaram a pintar lábios e rostos, os moralistas encontraram algo com que se escandalizar. A maioria das vezes, a queixa se concentrava na idéia de um ´´rosto falso´´, criado pelo batom e por outros cosméticos. Em alguns casos, o resultado era considerado uma ofensa a Deus.

Os primeiros cristãos, que viviam entre os romanos-estes últimos, loucos por uma maquiagem-, desdenhavam qualquer sinal de cor artificial por considerá-la pecado.Mas, no decorrer da história, a queixa mais comum em relação ao batom-na verdade, a qualquer cosmético- era a de que ele criava uma fatura falsa.Os homens que se casavam com mulheres que lhes pareciam ter os lábios róseos e as faces orvalhadas ficavam indignados quando se revelava o artifício por trás da beleza´´natural´´ de suas esposas.

Desse modo, torna–se inegável dizer que os cosméticos vão e vem, mas o batom é perene. E a explicação para isso são as associações ligadas á feminilidade que esse cosmético enigmático desperta. O batom é a feminilidade num tubo, acondicionada e codificada em cores. Assim, o fascínio dele é irresistível – mesmo mulheres que raramente o usam parecem hipnotizadas diante de uma vitrine de batons. No momento em que me preparava para o recital, pude perceber como passar um batom é uma experiência sensual completa, desde o momento gasto na prazerosa contemplação da cor até a carícia íntima de fazê-lo deslizar nos nossos lábios. O perfume dele me evoca lembranças, enquanto que a cor do batom me faz lembrar de toda uma era.

Com esse tipo de poder por trás dele, quem pode resistir a uma boca coberta de batom?











Padrões de Beleza x Individualidade
 Assunto de grande interesse no meio feminino, a beleza tem sido questionada incessantemente pela mídia, sobretudo pela televisão. Muito tem se falado sobre os padrões de beleza. O assunto é polêmico e gera discussões, e não é de admirar, pois quase metade das brasileiras estão insatisfeitas com sua imagem e atratividade física, segundo pesquisa recente, que envolveu mulheres de 10 países. Estamos também no ranking de países que mais fazem plástica no mundo.

Incrível como até mesmo a beleza se globalizou. Se no passado concorríamos com a beleza local, em concursos promovidos no colégio, no bairro, na cidade, hoje entram os numa grande guerra com o mundo, e isso é desconfortável para a maioria.

O assunto vai muito além e mexe com o psicológico das mulheres. Se por um lado precisamos nos valorizar, sobretudo por nossos pensamentos e atitudes, por outro somos mais bem aceitas pela sociedade quando nos aproximamos dos padrões impostos. Para muitas o corpo se transformou numa massinha de modelar. As pessoas se deixaram levar pela mídia e correm atrás de algo irreal. Faz-se de tudo para alcançar o que na maioria das vezes é inatingível.

Mas o que é ou quem define esses padrões?
As propagandas em revistas e na TV fazem parecer possível o sonho de se parecer com uma top, vendendo produtos que as fazem pensar estar mais próximas do sonho de ser desejável. Na maioria das vezes isto é mero engano infelizmente. Um marketing cada vez mais poderoso dá a idéia e sensação de se poder ser uma modelo, mesmo que por um curto espaço de tempo. E assim as mulheres se deixam levar pela enxurrada de informações que recebem da mídia capitalista e esquecem-se de que a beleza está no que é único, individual. É preciso entender que além dos padrões, cada mulher tem suas particularidades e é ai que está o diferencial. Temos a beleza por essência, é a individualidade que nos torna únicas, casa uma a sua maneira. Prova disso, é que nem mesmo as modelos estão satisfeitas com seus corpos, segundo pesquisa realizada por um grupo de 140 psicólogos. Incrivelmente as mudanças desejáveis por elas não são modestas.

Mas o que todo esse assunto tem a ver com a moda? Tudo! Moda e beleza caminham lado-a-lado e quando se sabe aliar as duas temos parte da solução para os problemas do ego. Quando nos vestimos de modo a valorizar os pontos fortes e disfarçar os pontos fracos nos sentimos mais bonitas e nossa alto estima e confiança aumentam. Não sei citar o nome agora, mas já ouvi falar de uma psicóloga e um professor de educação física que curaram problemas internos de seus clientes cuidando primeiro do seu exterior. Quando trabalhamos a alto estima de forma a encarar o mundo de cabeça erguida temos mais confiança de vencer os obstáculos impostos. E vale lembrar que o mundo só nos dá valor quando nós nos valorizamos, e isso não é mero clichê!

Existem regrinhas de ouro para nos ajudar na formação positiva da nossa imagem. Vamos agora num breve apanhado analisar os diferentes tipos físicos, proporções corporais e o disfarce das imperfeições.

Tipos Físicos

1 – Tronco longo e pernas curtas

Aposte: Camisas e blusas com detalhes e por fora da calça. Blusas e vestidos estilo império. Saias curtas. Elementos que chamem a atenção para o colo e o pescoço.
Evite: Marcar a cintura ou o quadril. Cores escuras na parte de cima e claras embaixo.

2 – Tronco curto e pernas longas

Aposte: Listras verticais e decotes. Blazers e casacos abaixo da cintura. Saias e calças sem cós e de cintura baixa
Evite: Qualquer coisa que chame a atenção para a parte de cima como grandes estampas, ombreiras, tecidos com volume. Saias ou calças de cintura alta

3 – Tronco pesado (maciça)

Aposte: Listras verticais. Decotes em “V”. Cores neutras e escuras na parte de cima. Estampas pequenas. Saltos altos ou médios. Blusas um pouco abaixo da linha da cintura
Evite: Tecidos grossos ou volumosos. Atrair a atenção para o pescoço e colo. Babados, franzidos e drapeados.

4 – Quadril largo (“pêra”)

Aposte: Destacar a parte de cima do corpo o mais possível (decotes, brilhos, transparências). Comprimentos abaixo do quadril ou um pouco acima. Vestidos decote “V”. Cores claras na parte superior e escuras na inferior
Evite: Roupas justas, comprimentos curtos, calças de pregas e cintura marcada.


Disfarçando Imperfeições

1 - Pernas Finas

Aposte: Calças claras, estampadas e de tecidos volumosos.
Evite: Cores escuras na parte de baixo.

2 – Pernas Grossas

Aposte: Saias e vestidos longos, meias escuras, saltos grossos e altos.
Evite: Calças justas, meias coloridas ou estampadas.

3 – Baixa

Aposte: Listras finas verticais, vestidos, colares compridos, acessórios pequenos, calças afuniladas.
Evite: Listras horizontais, grandes estampas, ombreiras, cores contrastantes, saias rodadas, babados, franzidos e sobreposições, sapatos muito altos, cabelos muito longos.

4 – Alta

Aposte: Listras horizontais, acessórios grandes, saias amplas, sobreposições, calças de pregas e barra italiana.
Evite: Roupas inteiras justas, look total numa única cor.

5 – Reta (sem bumbum)

Aposte: Saias evasês, blusas soltas por fora da calça, cintos sobre o quadril.
Evite: Roupas justas, blazers e jaquetas curtos.

6 – Com Barriga

Aposte: Calças com cintura no lugar. Chamar a atenção para o colo e pescoço. Vestidos retos e soltos. Cores escuras.
Evite: Blusas e tops curtos, stretch e xadrez.

7 – Ombro Caído

Aposte: Volume na parte de cima, decote canoa, cavas no lugar.
Evite: Manga raglã, blusas justas ou de tecidos finos, regatas.

Auto-estima e valorização do ego são assuntos importantes, pois se sentir bem é viver melhor e com maior qualidade de vida. Começar a mudança pelo interior é primordial, mas cuidar do exterior ajuda muito nessa mudança. É preciso ter atitude, pois ser única nunca sai de moda! 

Ditadura da Magreza

Muitos reclamam que as modelos são muito magras, e que a moda impõe padrões difíceis de seguir. A própria mídia que um dia difundiu esses padrões hoje quer condenar. Mas, como isso tudo começou? Vamos voltar no tempo...década de 60, uma menina que tinha problemas para engordar, se tornou um ícone da moda, o nome dela era Twiggy, ela tinha apenas 16 anos, era alta e muito magra, e assim aquelas misses mais curvilíneas tinha saído do foco do corpo perfeito e o tipo andrógeno entrou em voga, e esse padrão tão difundido na década de sessenta foi ressucitado pela top model Kate Moss nos anos 90.

Bom...mas aí vem outra pergunta, a mídia e a moda são tão culpadas por esses padrões? Em partes sim, a mídia difunde mas são as pessoas que decidem se vão querer ou não, não podemos culpar somente a mídia se somos nós mulheres que aceitamos e pedimos esses padrões, é só você olhar nas campanhas de moda e campanhas de cerveja, as modelos de marcas de cerveja são muito mais curvilineas que uma Gisele Bundchen, por exemplo, no entanto esse tipo de imagem (mulher com curvas) não vende numa campanha de moda, as mulheres preferem uma imagem com modelos magras. Nós queremos ser assim, temos que admitir, e se você diz não quer ser assim, então porque compramos a idéia de uma campanha de moda? Afinal, a felicidade não vem pela magreza, e os homens preferem curvas do que uma mulher bem magrinha, no entanto queremos ser magras.

E ainda tem os estilistas que usam a desculpa (mais que passada) de que a roupa tem um caimento melhor em pessoas magras, em princípio isso parece ser fácil, mas um estilista (ou marca) brasileiro tem que fazer roupa para a mulher brasileira, são eles que tem que fazer roupa para nós e não nós que temos que entrar nas roupas deles, já pensou se a GAP (marca americana) fizesse roupa somente para pessoas magras lá nos Estados Unidos, um país com milhões de obesos, eles teriam ido a falência, falta um pouco de visão de futuro (e de negócios) em nossos estilistas, é uma coisa absurda algumas marcas não trabalharem com numeração de 44 pra cima, a GAP trabalha com tamanhos GG, pois tem muitas pessoas nos Estados Unidos que usam esse tamanho. O Brasil não é um país que só tem pessoas magras, a típica brasileira tem bunda e quadril.

Não estou dizendo para as pessoas engordarem horrores, só estou dizendo para você pensar sobre esse padrão de magreza excessiva, pois tem muitas pessoas que sofrem por causa disso, vivem de dietas, de remédios, achando que a felicidade vem pela magreza. Afinal, ainda não conseguimos tirar da nossa cabeça aqueles padrões de beleza que foram impostos para nós há 40 anos atrás.
 

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